Você com certeza já deve ter ouvido alguém falando “entrar para dentro” e “sair para fora”.
Esses são apenas dois exemplos de Tautologia.
TAUTOLOGIA é o mesmo que redundância, ou seja, fazer repetições desnecessárias.
Muitas pessoas ouvem as outras falando assim o tempo inteiro, mas, muitas vezes, não se dão conta de que usam muitas redundâncias nos próprios textos, o que demonstra empobrecimento do vocabulário e uso dos vícios da linguagem, o que não pode ocorrer nas dissertações de vestibulares, Enem e concursos públicos.
Quando a pessoa fala “O panorama geral do Brasil é de crise financeira”, está usando uma tautologia, pois todo panorama é geral.
Às vezes, vejo nas dissertações alguns candidatos escreverem que “É preciso criar novas leis para diminuir a violência no Brasil”.
Notou a redundância?
Ora, tudo o que é criado é novo, senão seria recriado.
Sem falar nos óbvios:
A grande maioria (pois toda maioria é grande),
a pequena minoria (a minoria já é pequena),
abusar demais (quem abusa já é demais),
viúva do falecido (se é viúva, só pode ser do falecido),
hemorragia de sangue (toda hemorragia é de sangue),
amanhecer o dia (todo dia amanhece),
vandalismo criminoso (por acaso existe vandalismo que não seja criminoso?).
Preste atenção também a estes exemplos que são mais comuns do que se imagina:
“Há anos atrás” – cuidado, pois o verbo haver nessa frase já está indicando tempo decorrido, por isso a pessoa poderia apenas ter dito “Há anos não vejo Maria”.
“Isso é expressamente proibido”. Pessoal, se já é proibido, para que usar a redundância “expressamente”? “Goteira no teto” – toda goteira é no teto, mas as pessoas falam que até a torneira está com goteira, cuidado, pois o certo é falar que há um vazamento.
E, por fim, “Entre os países do mundo”, onde você conhece que tenha países que não seja o mundo em que você vive?
Portanto, tome muito cuidado com o que fala, para que os erros da oralidade não influenciem nos textos que você escreve e prejudiquem a sua nota da redação.
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